quarta-feira, 11 de março de 2015

O Tantra me encontrou...

Sou muito feliz no que faço. Sou muito feliz com os alunos que a vida me deu. Com os amigos que a vida me deu. Com os Mestres que a vida me deu. Feliz e Grata.
Feliz em ver a vida de tantas pessoas se transformando através do Tantra, como foi com a minha vida.
Quando iniciei no Tantra minha vida era uma loucura. Eu era cantora profissional, estava lançando meu segundo CD numa dupla sertaneja que tinha grandes perspectivas. Tínhamos divulgadores, patrocínios e quase tudo o que um artista profissional precisa para seguir com um trabalho sério. Eu segui até meus vinte e dois anos acreditando que minha vida seria aquilo: Morrer cantando profissionalmente.
Mas eu vinha numa insatisfação pessoal. Sentia que perdia minha identidade com tanta gente me dizendo o que devia (ou não) fazer. Eu estava confusa se aquele era o caminho que queria seguir. Pouco tempo antes, ja havia conhecido o Anand, embarcávamos juntos numa caminhada espiritual que ambos começou na infância (ele com 07 anos e eu com 10 anos de idade), até que o Tantra apareceu e foi inevitável, pois sendo um casal de buscadores, nós sem saber, procurávamos por um "caminho" que fizesse a ligação entre o material e o espiritual, entre o profano e o sagrado, o branco e o negro. Buscávamos pela Unidade.
O Tantra mudou nossa vida (eu não vou entrar em detalhes dos lugares e iniciações que passamos- isso falamos nos cursos). Apesar da arte correndo nas veias, eu sempre fui do tipo CDF (mental demais). O Tantra me desajustou. Era necessário tirar o que tinha dentro do meu copo para só então, o tantra entrar com água limpa. Num dado momento, larguei a carreira de cantora. Foi uma decisão difícil que criou feridas profundas em mim, porque fui muito recriminada e as pessoas não entendiam nossas escolhas. Mas o Tantra pouco a pouco me trouxe a cura e descobri que ninguém é ajustado antes de aceitar-se tal como se é. Que a mente por si só é desajustada...
Amo muito o Tantra. Às vezes tenho decepções com pessoas, principalmente alunos ingratos, mas aos ingratos estou aprendendo a abençoar. Mas o Tantra é tão especial para mim e para nós (Anand e EU) que nós queremos compartilhar mais e mais com outras pessoas a nossa alegria de viver e por isso, criamos o Templo da Lua.
Altos e baixos fazem parte de toda caminhada. Mas nos mantemos firmes a revés do que muita gente achava quando nós começamos.
E tem vindo gente de muito longe compartilhar a vida com a gente. Que legal.
Hoje, neste AGORA, eu agradeço demais a Existência por tudo. (Chandra Veeresha)

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